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Em entrevista, na segunda-feira, ao programa Direto da Redação, da TV Diário, o empresário Cristian Menezes, CEO da Avacon Gestão de Condomínios, falou sobre o momento vivido pelo setor da administração de condomínios em meio à evasão de alunos de Santa Maria causada pelas medidas restritivas.
Consultor empresarial fala sobre oportunidades e desafios criados pela pandemia
Diário - Já estamos enfrentando há um ano medidas restritivas em função da pandemia. Como a Avacon está enfrentando esse período?
Cristian Menezes - Nós, do setor da administração de condomínios, viemos enfrentando as restrições com preocupação. O primeiro grande fator é o aumento da inadimplência em condomínios. Ou seja, as pessoas perderam o emprego, muitas delas, se eram empresários, fecharam as empresas, e agora isso está se refletindo no caixa do condomínio. O segundo fator é uma dificuldade muito grande de conseguir reunir os moradores em uma época em que os condomínios precisam se reorganizar financeiramente. E, por terceiro, a recessão. A gente não tem conseguido fechar novos contratos porque o cliente está receoso. A gente não sabe como vai ser a crise em 2022, e acreditamos que vai ser pior.
Diário - O senhor enxerga uma evasão de estudantes em função da suspensão de atividades presenciais nas universidades?
Menezes - Com certeza está afetando bastante, principalmente no Bairro Camobi, onde a caraterística são condomínios que são locados por estudantes. Muitos locatários entregaram o imóvel, e isso reflete na questão econômica de inadimplência dos condomínios, porque se tem uma vacância, com o proprietário tendo que arcar por esse condomínio. A evasão de alunos é gigantesca e preocupante.
Diário - Que ações dos governos podem ajudar o setor?
Menezes - Acredito que planejamento. A gente sabe que as empresas não aguentam mais as portas fechadas. Temos dois problemas: uma epidemia sanitária e uma epidemia social. Então, precisamos tratar as duas em paralelo. Se quero que as pessoas circulem, eu preciso ter horários maiores e com menos pessoas frequentando o comércio. A gente nota que as medidas são tomadas no calor da hora.